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Sem interesse nas a operação do TikTok nos EUA

Elon Musk não quer comprar a operação da rede social nos EUA

10/02/2025, 21:10

Logo Tiktok no smartpgone
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O TikTok, a geopolítica e os bilionários em jogo

Desde 2020, a plataforma de vídeos curtos, propriedade da chinesa ByteDance, enfrenta acusações de representar riscos à segurança nacional americana. Legisladores argumentam que dados de usuários poderiam ser compartilhados com o governo chinês — uma alegação que a empresa nega veementemente. Em meio a esse cenário, surgiram especulações sobre uma possível venda das operações norte-americanas do aplicativo, com nomes como Elon Musk entrando no radar. 

A trama ganhou novos capítulos em fevereiro de 2025, quando o bilionário, dono do X (antigo Twitter), afirmou publicamente não ter interesse em adquirir o TikTok. A declaração ocorreu após pressões do governo de Donald Trump, que busca evitar o banimento do app — uma medida que afetaria 170 milhões de usuários nos EUA e impactaria estratégias eleitorais.


Segurança nacional vs. Influência cultural

A ameaça de banimento do TikTok nos EUA não é nova. Em abril de 2024, uma lei sancionada por Joe Biden exigia que a ByteDance vendesse suas operações locais em até três meses ou enfrentasse a remoção do app das lojas de aplicativos. O prazo foi prorrogado por Donald Trump, que assumiu o mandato em janeiro de 2025 com uma postura mais flexível. A justificativa? O TikTok teria sido crucial para conquistar eleitores jovens em sua campanha presidencial. "Tenho um carinho especial pelo TikTok", declarou Trump, em contraste com suas críticas anteriores à China.

No entanto, as preocupações com segurança persistem. Autoridades americanas alegam que o algoritmo do app, que direciona conteúdo de forma hiper personalizada, poderia ser manipulado para influenciar opiniões públicas ou coletar dados sensíveis. A ByteDance rebate, afirmando armazenar informações em servidores da Oracle nos EUA e manter a moderação de conteúdo localizada. Mesmo assim, a pressão por uma venda parcial ou total continua — e aqui entra Elon Musk.


Por que o bilionário recusou o TikTok?

Durante o WELT Economic Summit, realizado na Alemanha em janeiro de 2025, Elon Musk foi direto: "Não fiz uma oferta pelo TikTok e não tenho planos sobre o que faria se o comprasse". O CEO da Tesla e SpaceX destacou que prefere criar empresas "do zero", como fez com a Neuralink e a The Boring Company, em vez de adquirir negócios consolidados. A exceção foi o Twitter (agora X), comprado em 2022 para, segundo ele, "preservar a liberdade de expressão" — algo que não vê como prioridade no caso do TikTok.

Musk também admitiu não ser usuário do app e criticou seu algoritmo: "Se eu fosse dono, analisaria se o algoritmo é prejudicial ou útil à sociedade". Essa postura reflete um ceticismo sobre o modelo de negócios do TikTok, que depende da coleta massiva de dados para engajar usuários. Além disso, a complexidade política envolvida — com a necessidade de aprovação dos governos chinês e americano.


Quem pode salvar o TikTok?

Apesar da resistência de Elon Musk, outros nomes surgiram como potenciais compradores. Donald Trump mencionou Larry Ellison, cofundador da Oracle, e até propôs a criação de um fundo soberano para viabilizar a transação. Figuras como o youtuber MrBeast e o investidor Kevin O’Leary também demonstraram interesse, embora a ByteDance insista que não venderá o app. 

O impasse está longe de acabar. A Suprema Corte dos EUA pode decidir se a lei que obriga a venda é constitucional, enquanto a China já sinalizou que bloquearia qualquer acordo que transfira o controle do algoritmo — considerado um ativo estratégico. Para piorar, a relação entre Musk e Trump adiciona camadas ao drama: o bilionário doou US$ 250 milhões à campanha do republicano e assumiu um cargo no Departamento de Eficiência Governamental, ligando ainda mais seus interesses às políticas da administração atual.

Jogo de poder global

A recusa de Elon Musk em comprar o TikTok nos EUA não encerra o debate. Pelo contrário, expõe as fissuras entre tecnologia, geopolítica e liberdade empresarial. De um lado, a China defende sua soberania digital; de outro, os EUA pressionam por controle sobre dados sensíveis. Enquanto isso, usuários e investidores aguardam um desfecho que equilibre inovação e segurança. 

O caso do TikTok é um microcosmo de uma guerra maior: quem dominará a próxima geração de plataformas digitais? E até que ponto governos podem interferir em negócios globais? Para Musk, a resposta parece clara: "Normalmente, eu crio empresas do zero". Mas, em um mundo cada vez mais interconectado, até mesmo os bilionários podem se ver enredados em conflitos que transcendem o mercado]

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