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Visual Law para esclarecer erro processual
Magistrada adota abordagem bem-humorada ao utilizar meme para esclarecer erro processual
24/01/2025, 20:45
Em uma atitude inusitada, a juíza federal substituta Karina Dusse, da 1ª Vara Federal de Volta Redonda/RJ, utilizou o famoso meme do Homem-Aranha apontando para si mesmo para ilustrar uma confusão ocorrida no envio de ofícios durante o trâmite de uma ação de desapropriação. A iniciativa chamou a atenção por empregar bom humor na comunicação judicial.
O incidente teve início quando o juiz titular, Marcel da Silva Augusto Corrêa, concedeu uma liminar determinando, entre outras medidas, que fosse expedido um ofício à 3ª Vara Federal de Volta Redonda/RJ, solicitando a disponibilização de um valor de indenização relacionado à ação de desapropriação. No entanto, por um equívoco, o ofício foi encaminhado para a própria 1ª Vara, em vez de ser enviado ao destino correto.
"Com prudência e parcimônia expressões informais, referências culturais e recursos de visual law nos atos jurisdicionais"
Para corrigir a situação e esclarecer o mal-entendido, a juíza Karina Dusse adotou uma abordagem criativa. Ao remeter o ofício ao destino correto, utilizou o meme conhecido como "Homem-Aranha apontando para o Homem-Aranha", que retrata versões idênticas do personagem apontando umas para as outras, simbolizando a confusão ocorrida.

Imagem: Reprodução/Despacho
A atitude da magistrada gerou repercussão e reacendeu o debate sobre o uso de uma linguagem mais acessível no Judiciário, além de discutir o equilíbrio entre descontrair e preservar a formalidade das decisões. Em resposta, a Corregedoria do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2) emitiu um ofício circular orientando os magistrados a utilizarem "com prudência e parcimônia expressões informais, referências culturais e recursos de visual law nos atos jurisdicionais", enfatizando a importância de equilibrar a comunicação do Poder Judiciário.

Imagem: Justiça Federal
Este episódio destaca a busca por uma comunicação mais clara e acessível no âmbito jurídico, sem comprometer a seriedade e o decoro das decisões judiciais.
Fonte: Amo Direito