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Starlink nos iPhones?

Apple e SpaceX fecham parceria para integrar a rede Starlink aos iPhones.

31/01/2025, 21:45

Logos Apple e SpaceX
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Conectividade móvel no espaço

Longe de torres de celular, e ainda assim conseguir enviar mensagens, navegar na internet ou até fazer streaming de vídeos. Esse cenário, que parecia distante há alguns anos, está prestes a se tornar realidade graças a uma parceria histórica entre duas gigantes da tecnologia: Apple e SpaceX. Anunciado em janeiro de 2025, o acordo visa integrar a rede Starlink satellite network aos iPhones, eliminando a dependência exclusiva de infraestruturas terrestres como o 5G. 

Enquanto a Apple já utilizava satélites para recursos de emergência, como o SOS via satélite, a colaboração com a SpaceX amplia essa capacidade para o uso cotidiano. Com mais de 1 bilhão de iPhones ativos no mundo, a escala desse projeto é monumental.

A resposta está nos números: a Starlink satellite network já possui mais de 7 mil satélites em órbita, 65% do total global e atende 2,3 milhões de assinantes. Conectar essa rede a dispositivos móveis é um salto que redefine o conceito de “cobertura total”.


Rumo à independência de infraestruturas terrestres

Apple não é novata no uso de satélites. Desde 2022, iPhones contam com o recurso Emergency SOS via Satellite, que permite chamadas de emergência em áreas sem sinal celular. No entanto, essa funcionalidade era limitada a situações críticas, com transmissão de dados básicos. A nova parceria com a SpaceX muda o jogo: a Starlink satellite network trará banda larga completa para atividades cotidianas, como navegação no Safari, uso de apps e streaming. 

O segredo está na arquitetura da Starlink. Diferente das redes tradicionais, que dependem de torres e cabos, a rede de satélites opera diretamente do espaço. Cada satélite se comunica com antenas terrestres e, agora, também com dispositivos móveis. Para viabilizar isso, a Apple desenvolveu um chip especializado que otimiza a recepção do sinal, mesmo em movimento. O resultado? Uma conexão estável, com latência reduzida, capaz de competir com o 5G em áreas urbanas e superá-lo em regiões isoladas.


Desafios técnicos e o impacto no mercado

Satélites em órbita baixa (550 km de altitude) se movem a 27.000 km/h, exigindo ajustes constantes na conexão. A SpaceX resolveu esse problema com uma frota massiva: os 7 mil satélites da Starlink formam uma “malha” dinâmica, garantindo cobertura contínua. Além disso, a Apple implementou algoritmos de machine learning para alternar entre satélites sem interrupções perceptíveis.

Até o final de 2025, a Starlink projeta saltar de 4 milhões para quase 8 milhões de assinantes. Com os iPhones funcionando como “antenas móveis”, esse número pode disparar. Para usuários, a promessa é clara: internet de alta velocidade em qualquer lugar do planeta, desde desertos até oceanos. Para a Apple, é uma estratégia para diferenciar seus dispositivos em um mercado saturado, onde a inovação incremental já não basta.


Por que essa Parceria?

Enquanto operadoras tradicionais investem pesado em infraestrutura 5G e preparam o 6G, a Apple e a SpaceX estão reescrevendo as regras do jogo, criando uma redundância que garante serviço ininterrupto. Isso é crucial para profissionais que trabalham em locais remotos, como pesquisadores, jornalistas e equipes de resgate. 

Outro ponto estratégico é a redução de custos. Instalar torres de celular em áreas de baixa densidade populacional é inviável economicamente. Satélites, por outro lado, cobrem grandes extensões com um único lançamento.


O efeito dominó no ecossistema digital

A integração da Starlink aos iPhones deve acelerar a adoção de tecnologias dependentes de conexão estável. Realidade aumentada, veículos autônomos e IoT (Internet das Coisas) são alguns exemplos. Além disso, aplicativos como Google Maps e Zoom poderão funcionar sem falhas em qualquer cenário, eliminando um dos maiores incômodos dos usuários modernos: a falta de sinal.


Um passo gigante

A colaboração entre Apple e SpaceX não é apenas uma inovação técnica, é um marco na busca por conectividade universal. As empresas estão derrubando barreiras geográficas e econômicas que limitavam o acesso à internet. Resta saber como as concorrentes responderão: será que veremos Samsung, Google ou Huawei seguindo o mesmo caminho?

A pergunta que fica é: como essa tecnologia moldará nossa relação com o digital na próxima década?

Fonte: Bloomberg

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