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Porque o CEO da Figma, não acredita que a IA possa projetar muito bem?

Como a IA está transformando o design e o que esperar do futuro da colaboração criativa

19/03/2025, 11:05

Dylan Field, CEO do Figma
Dylan Field, CEO do Figma
Dylan Field, CEO do Figma

A tecnologia avança em ritmo acelerado, e a inteligência artificial (IA) está cada vez mais presente em diversas áreas, incluindo o design. Mas será que a IA está realmente pronta para substituir os designers humanos?

Em uma conversa com Garry Tan, CEO da Y Combinator, Dylan Field, cofundador e CEO da Figma, compartilhou suas reflexões sobre como a IA está transformando o mundo do design e por que acredita que, pelo menos por enquanto, os modelos de IA ainda não conseguem superar a criatividade e a sensibilidade humana na criação de experiências visuais.


Por que a IA ainda não é boa em design?

No centro da discussão, Field destaca um ponto fundamental: o design não é apenas estética, mas sim uma forma de arte aplicada à solução de problemas. Um bom design requer contexto, pesquisa e um profundo entendimento das necessidades e emoções dos usuários.



“Os modelos ainda não conseguem reunir todos os componentes necessários para criar um design realmente eficaz.”



Os designers humanos fazem muito mais do que simplesmente organizar elementos visuais em uma tela. Eles realizam pesquisas detalhadas, entendem o comportamento do usuário e consideram aspectos culturais e emocionais para criar interfaces intuitivas e funcionais. Embora a IA tenha avançado na geração de imagens e no design assistido, ela ainda carece dessa capacidade de empatia e julgamento crítico.


Ferramenta ou substituto?

Field acredita que, por enquanto, a IA serve mais como uma ferramenta para designers do que como uma substituição. Tecnologias como geração automática de imagens e modelos de código já permitem que designers experimentem e iterem mais rapidamente. No entanto, ele destaca um desafio atual:



“Você pode gerar algo rapidamente, mas isso não significa que será um design realmente funcional.”



O problema, segundo ele, está no fato de que, embora a IA possa acelerar o processo de criação, ela ainda não compreende nuances importantes, como a experiência do usuário e a identidade de uma marca. Para Field, o futuro do design não está na substituição total dos designers pela IA, mas sim na ampliação do papel do designer para incluir mais tomada de decisões estratégicas e refinamento criativo.


Designers e desenvolvedores

Outro ponto interessante abordado por Field é a forma como os papéis de designers e desenvolvedores podem se fundir no futuro. Com o avanço das ferramentas de IA, ele prevê que cada vez mais desenvolvedores pensarão no design de forma integrada, tornando-se responsáveis não apenas pelo código, mas também pela experiência do usuário.



“Acredito que muitas pessoas que hoje se identificam como desenvolvedores, no futuro também se verão como designers.”



Isso não significa que o design deixará de existir como uma profissão separada, mas sim que haverá uma maior integração entre as equipes, tornando a colaboração ainda mais fluida.


O que esperar do futuro do design com IA?

Embora a IA continue evoluindo e ajudando designers a serem mais produtivos, Field não acredita que ela será capaz de substituir completamente o processo criativo humano. Ele vê um futuro onde a IA serve como uma assistente poderosa, mas onde a visão e o julgamento humano continuam sendo essenciais.

Entre as principais tendências que ele prevê, estão:

  • Interfaces mais dinâmicas: Novas formas de interação, incluindo realidade aumentada e interfaces multimodais.

  • Personalização avançada: IA ajudando a criar experiências mais personalizadas para cada usuário.

  • Colaboração aprimorada: Ferramentas como o Figma continuarão evoluindo para permitir que designers e desenvolvedores trabalhem juntos de forma mais eficiente.

Por fim, Field reforça a ideia de que o design não se trata apenas de estética, mas de criar soluções para problemas reais, algo que a IA, por mais avançada que seja, ainda não consegue fazer sozinha.



A inteligência artificial já transformou diversas áreas do design, tornando processos mais ágeis e acessíveis. No entanto, ela ainda não possui a capacidade de substituir a criatividade, o julgamento e a sensibilidade humana.

A tendência é que a IA continue sendo uma ferramenta poderosa para designers, permitindo mais experimentação e eficiência. Mas, no fim das contas, o papel do designer continua essencial para criar experiências significativas e impactantes.

O futuro do design não será dominado pela IA, mas sim moldado por uma colaboração cada vez maior entre tecnologia e criatividade humana.

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