Cinema

Oscar, bilheterias e a esperança de Uma nova era

Com três indicações ao Oscar e filmes nacionais entre os mais vistos

28/01/2025, 22:10

Filme "Ainda Estou Aqui", dirigido por Walter Salles
Filme "Ainda Estou Aqui", dirigido por Walter Salles
Filme "Ainda Estou Aqui", dirigido por Walter Salles

Um filme, três indicações ao Oscar e milhões de corações aquecidos

O cinema brasileiro vive um momento histórico. O longa Ainda Estou Aqui, dirigido por Walter Salles e estrelado por Fernanda Torres, não só emocionou plateias como conquistou três indicações ao Oscar 2025: Melhor Filme, Melhor Filme Internacional e Melhor Atriz. O feito, inédito para o Brasil, reacendeu o debate sobre o potencial da nossa sétima arte – e se essa chama pode se manter acesa.


Números que inspiram (e desafiam)

Em 2024, as salas de cinema arrecadaram R$2.5 Bilhões,um crescimentode 10.11% em bilheteria, ocupando o sexto lugar entre os mais assistidos no país. Além dele, O Auto da Compadecida 2 e Chico Bento e a Goiabeira Maraviósa completam o trio brasileiro no top 10.


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Imagem: neofeed.com.br | Filme dirigido por Walter Salles já levou 3,6 milhões de espectadores aos cinemas

Por trás do brilho: o que sustenta esse sucesso?

A euforia tem motivos concretos: orçamentos maiores (acima de R$ 15 milhões para filmes de alto impacto), políticas como a Lei de Cota de Tela – que ampliou horários de exibição para produções nacionais após as 17h – e o efeito Oscar, que revitaliza a procura por filmes premiados. “Quando há um fato como o Oscar, o filme ganha fôlego extra, como se estivesse em uma segunda semana de exibição”, explica Luiz Angi, da Cinépolis Brasil.

Mas o caminho não é só pipoca e champagne. Ainda que as bilheterias nacionais tenham crescido, Hollywood domina 90% do mercado. Além disso, a falta de descentralização de recursos e a dependência de poucas produções de alto custo preocupam. Sabrina Wagon, CEO da Elo Studios, é enfática: “Não se faz bom filme sem dinheiro. Hoje, ou você faz menos de 100 mil espectadores ou figura entre os que fazem muito”


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Imagem: Fernanda Torres venceu o prêmio de melhor atriz de drama no Globo de Ouro, no início de janeiro



Streaming: rival ou aliado?

Enquanto plataformas como Netflix lucram bilhões, o cinema brasileiro busca equilíbrio. A nova regulamentação do streaming, defendida pelo Ministério da Cultura, pode ser uma chave: tributar empresas do setor para financiar produções locais, seguindo modelos como o francês, que reserva 30% do catálogo para obras nacionais.


O futuro: entre aplausos e incertezas

O otimismo é cauteloso. Renata Almeida Magalhães, presidente da Academia Brasileira de Cinema, vê em Ainda Estou Aqui um marco simbólico: “É um filme que nos faz lembrar que o Brasil vale a pena”. Mas o desafio é transformar o momento em legado. Com políticas consistentes, investimento em distribuição internacional e diversificação de gêneros – para além das comédias que dominaram por anos –, a indústria pode deixar de ser uma “montanha-russa” e se firmar como potência cultural.



Enquanto Fernanda Torres dedica seu Globo de Ouro “a todo o setor audiovisual brasileiro”, a pergunta ecoa: será que, desta vez, o cinema nacional ainda está aqui para ficar?

Fonte: Neo Feed

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