Em uma operação inédita no Brasil, o cantor sertanejo Ronaldo Torres de Souza foi preso por envolvimento em um esquema de fraude em plataformas de streaming musical. A operação, denominada "Desafino", ocorreu em dezembro de 2024 e revelou uma "fazenda de streaming" que utilizava robôs para gerar reproduções artificiais de músicas. A estrutura funcionava em uma casa de luxo no Recife e foi descoberta pelo Ministério Público.

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Ronaldo, com mais de 30 anos de carreira, admitiu ter roubado músicas e criado perfis falsos para lucrar com as reproduções fraudulentas. Ele pode ser condenado por estelionato, falsa identidade e violação de direitos autorais, com penas que podem chegar a 10 anos de prisão.

“Ele também começou a utilizar faixas geradas por inteligência artificial no golpe.”

O esquema gerou 28 milhões de reproduções fraudulentas em 209 perfis falsos, arrecadando cerca de R$ 332 mil. Mais de 100 perfis e faixas foram removidos do Spotify após a operação. Além disso, foram apreendidos carros, criptomoedas e outros bens de Ronaldo, totalizando R$ 2,3 milhões.

Imagem: Ministério Público de Goiás/Reprodução

Este caso destaca um problema crescente no mercado musical global, onde estima-se que 10% das reproduções em plataformas de streaming sejam geradas por bots, desviando cerca de US$ 2 bilhões anualmente.