Sabe, eu chamaria essa tendência de renomear designers como Product Experience de uma espécie de máquina de reciclagem corporativa, que tenta dar uma descarga elétrica em um corpo organizacional na esperança de ressignificá-lo. Mas sejamos honestos: Product Experience não é um conceito novo, não é uma revolução. É só uma nova embalagem para uma equipe de design que busca se posicionar de um jeito diferente — ou talvez seja só mais uma tentativa de justificar sua existência dentro da empresa.

Isso não significa que enxergar valor nessa mudança seja algo negativo. O problema surge quando outras empresas entram na onda e começam a replicar a tendência sem um motivo real. No fim das contas, pode ser só mais uma jogada para ditar uma moda e ver quem segue.

E, como sempre, acontece o previsível: funciona para uma empresa como o Duolingo, e logo outras tentam copiar. A partir daí, surge todo um debate sobre qual título um designer deveria ter, criando discussões que, no fundo, não justificam nada — além de alimentar o ciclo de renomeações sem propósito.