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Apple terá que abrir o iOS no Brasil?

Entenda os impactos para usuários, segurança e mercado

07/03/2025, 20:15

App Store em um smartphone
App Store em um smartphone
App Store em um smartphone

A notícia chegou como um furacão na manhã desta sexta-feira: a Justiça brasileira deu 90 dias para a Apple liberar aplicativos de fora da App Store e permitir outras lojas no iOS. Sim, você leu certo! O iPhone, conhecido por seu sistema fechado e controle rígido, poderá se tornar mais parecido com o Android no Brasil. Mas o que isso muda na prática? E como afeta sua experiência com o dispositivo? Vamos desvendar cada detalhe.  


Por que a justiça brasileira decidiu "abrir" o iOS?  

Uma decisão que reflete um movimento global. A Apple sempre defendeu que seu ecossistema fechado garante segurança aos usuários. Afinal, todos os aplicativos passam por uma curadoria rigorosa antes de entrarem na App Store. Porém, autoridades brasileiras argumentam que essa exclusividade limita a concorrência e infla preços, já que a Apple cobra até 30% de comissão sobre transações.  


Agora, a empresa terá que:  

  • Permitir a instalação de aplicativos de fontes externas (como outras lojas ou até arquivos diretos, similares aos APKs do Android);  

  • Liberar meios de pagamento alternativos nos aplicativos (evitando a taxa obrigatória da Apple);  

  • Aceitar que desenvolvedores distribuam seus produtos fora da App Store.  



A medida segue os passos da União Europeia, que aprovou a Digital Markets Act (DMA) em 2022 para combater monopólios digitais.  

 


Poder baixar aquele aplicativo que nunca chegou à App Store, ou escolher uma loja com preços mais baixos para assinaturas. Para muitos, é sinônimo de liberdade. Mas também há riscos.  


As Vantagens:  

  • Mais opções de aplicativos e jogos: Desenvolvedores independentes poderão distribuir seus produtos sem as regras rígidas da Apple.  

  • Preços mais competitivos: Sem a taxa de 30%, aplicativos e serviços podem ficar mais baratos.  

  • Personalização: Usuários avançados poderão instalar modificações (como temas ou ferramentas não autorizadas).  


Os Riscos:  

  • Segurança comprometida: O sistema fechado do iOS é um dos pilares de sua proteção contra malware. Com lojas alternativas, vírus podem se tornar mais comuns.  

  • Golpes e fraudes: A falta de curadoria aumenta o risco de aplicativos falsos ou phishing.  

  • Fragmentação: Diferentes lojas podem oferecer versões desatualizadas de aplicativos, gerando inconsistências. 


Não é à toa que o Android, mesmo permitindo instalações externas, alerta usuários sobre fontes desconhecidas. A Apple, porém, terá que criar um caminho semelhante, e rápido.  


E o que esperar nos próximos dias?  

A empresa ainda não se pronunciou oficialmente no Brasil, mas na Europa, sua resposta à DMA foi mista. Lá, a Apple permitiu lojas alternativas, mas impôs novas taxas para desenvolvedores que ultrapassem 1 milhão de downloads. A estratégia parece ser: "Se não podemos vencer, complicamos."  


No Brasil, é possível que a empresa tente recorrer da decisão ou negocie prazos maiores. Porém, caso a ordem seja mantida, os próximos meses trarão atualizações do iOS com:  

  1. Configurações de segurança para fontes externas (como no Android);  

  2. Novas diretrizes para desenvolvedores;  

  3. Ajustes no sistema de pagamentos (como links externos para assinaturas).  

Um relatório da McAfee apontou que 62% dos ataques a dispositivos móveis em 2023 ocorreram no Android, justamente pela flexibilidade do sistema.


E a segurança do iPhone? Vai virar um "Android"?  

Essa é a grande preocupação. "Abrir o iOS no Brasil" não significa que o sistema perderá sua identidade. A Apple ainda pode:  

  • Exigir certificados digitais para aplicativos de terceiros;  

  • Enviar verificações automáticas de malware;  

  • Oferecer opções para desativar lojas alternativas (útil para pais ou empresas).  

Porém, a experiência europeia mostra que mesmo com regras, a exposição a riscos aumenta. Um relatório da McAfee apontou que 62% dos ataques a dispositivos móveis em 2023 ocorreram no Android, justamente pela flexibilidade do sistema.  


E você? Vai baixar aplicativos de fora da App Store?  

A resposta depende do seu perfil:  

  • Usuário comum: Provavelmente continuará na App Store por conveniência e segurança.  

  • Gamer ou entusiasta de tech: Pode explorar lojas alternativas para acessar aplicativos exclusivos ou betas.  

  • Desenvolvedores: Ganham mais liberdade, mas precisarão lidar com múltiplas plataformas de distribuição.  

A longo prazo, a decisão pode democratizar o acesso a aplicativos e pressionar a Apple a reduzir taxas. Por outro lado, exige que os usuários brasileiros fiquem mais atentos, assim como já fazem no Android.  


A ordem judicial brasileira reflete uma tendência global de questionar o poder das "big techs". Para a Apple, é um desafio equilibrar segurança e liberdade. Para nós, usuários, é uma oportunidade de escolha, desde que usada com responsabilidade.  


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