Inteligência Artificial

Agentes de IA estão criando sua própria linguagem secreta

Protocolo de comunicação que permite a agentes de IA conversarem por sons.

25/02/2025, 21:00

A imagem mostra duas inteligências artificiais (IAs) em forma de robôs sentados lado a lado, aparentemente envolvidos em uma conversa.
A imagem mostra duas inteligências artificiais (IAs) em forma de robôs sentados lado a lado, aparentemente envolvidos em uma conversa.
A imagem mostra duas inteligências artificiais (IAs) em forma de robôs sentados lado a lado, aparentemente envolvidos em uma conversa.

Você já parou para pensar no que acontece quando duas inteligências artificiais precisam conversar? Enquanto humanos usam palavras, tons e gestos, as IAs enfrentam um problema pouco discutido: a ineficiência. Imagine uma ligação entre um robô que agenda consultas e outro que reserva hotéis. Hoje, eles “falam” como humanos, gerando áudios longos e consumindo recursos caros. Mas e se existisse um jeito mais rápido e barato? Foi exatamente isso que dois desenvolvedores criaram: o Gibber Link, um protocolo de comunicação para IA que está redefinindo como máquinas interagem.  


O que é o Gibber Link e por que ele surpreendeu?  

A palavra “gibberish”, em inglês, significa “algo incompreensível”. E é justamente essa a ideia: sons que humanos não entendem, mas que IAs decifram em milésimos de segundo. Desenvolvido por Anton Pidkuiko e Boris Starkov durante um hackathon da ElevenLabs, o protocolo de comunicação para IA usa a biblioteca de código aberto GGWave para transformar dados em sinais de áudio.  

Na prática, quando dois agentes de IA se reconhecem em uma chamada, eles abandonam a voz humana e passam a transmitir informações por tons parecidos com os de um modem antigo. O resultado? Processamento 90% mais barato e até 80% mais rápido.  



Como funciona essa "linguagem secreta" entre IAs?  

Vamos simplificar: pense em um código Morse moderno. O Gibber Link converte dados (como números de reserva de hotel ou datas) em pulsos sonoros de alta frequência. Esses sinais são capturados pelo microfone do dispositivo receptor e traduzidos de volta para informações estruturadas.  


Por que isso é revolucionário?  

  • Economia de recursos: Gerar fala humana demanda poder computacional. Sons codificados são leves.  

  • Precisão: Em ambientes barulhentos, a fala humana pode ser mal interpretada. Tons digitais são estáveis.  

  • Velocidade: Uma frase como “Reserva confirmada para 15 de julho” vira um bip de 0,5 segundos.  


Do call center ao seu dia a dia  

O protocolo de comunicação para IA não é apenas uma curiosidade técnica. Empresas que usam atendentes virtuais podem reduzir custos em chamadas onde ambos os lados são IAs.


Por exemplo:  

  1. Agendamentos: Um assistente de saúde marca exames diretamente com a clínica, sem precisar “dizer” horários.  

  2. Ecommerce: Um chatbot negocia prazos de entrega com o sistema logístico em segundos.  

  3. Suporte técnico: Problemas são encaminhados entre IAs sem que o cliente perceba a transição.  

Anton e Boris destacam que o Gibber Link é opensource, ou seja, qualquer desenvolvedor pode adaptá-lo. Isso acelera a adoção em setores como telecomunicações e finanças.  


O que vem por aí?  

Apesar do potencial, há questões a resolver. Como garantir que o som não seja corrompido em ligações de baixa qualidade? E como evitar que hackers “escutem” os dados transmitidos? Os criadores afirmam que a biblioteca GGWave já inclui criptografia básica, mas o tema segurança ainda precisa evoluir.  

Outro ponto é a padronização. Hoje, o Gibber Link é um projeto de nicho. Para virar um protocolo de comunicação para IA universal, precisaria ser adotado por gigantes como Google ou Amazon. A boa notícia? Soluções mais eficientes tendem a ganhar espaço rápido no mercado.  



Uma nova era na interação entre máquinas  

O Gibber Link não é apenas uma solução técnica. Ele simboliza um avanço na forma como enxergamos a comunicação digital. Se antes as IAs eram obrigadas a imitar humanos, agora elas podem criar sua própria “cultura” de interação — mais rápida, eficiente e adaptada às suas necessidades.  

E você, como acha que os agentes de IA vão se comunicar daqui a cinco anos? Será que teremos redes de som exclusivas para máquinas, ou novas formas de transmissão de dados? 

Fonte: Dev Post

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