Acordamos com ele. Dormimos com ele. Mas a que custo?

É só abrir os olhos e ele já está ali: o celular. A rotina começa com notificações, segue com stories e termina com a promessa de só mais cinco minutos... que viram horas. Se você sente que está cada vez mais dependente da tela, saiba: você não está sozinho.

A campanha recente da Vivo trouxe à tona um alerta necessário e corajoso — e não estamos falando apenas de tempo de tela. O vídeo, retrata o celular como um parceiro abusivo, ilustrando uma relação tóxica com o aparelho que, ironicamente, deveria nos aproximar de quem amamos.

A metáfora que virou realidade

Segundo a campanha, o celular deixou de ser apenas uma ferramenta. Ele passou a cobrar atenção, gerar comparações, influenciar autoestima e, pior, nos afastar do mundo real. E se essa descrição soa pesada, é porque o impacto é real.

De acordo com uma pesquisa do VTrends, 51% dos usuários de smartphones perdem a noção do tempo quando estão conectados. Não se trata apenas de distração, mas de um padrão que afeta a saúde mental, o sono, as relações e a produtividade.

E os números são ainda mais alarmantes entre os mais jovens:

• 45% dos brasileiros entre 15 e 29 anos afirmam que o uso intenso das redes sociais impacta negativamente sua saúde mental.
  
  

• Segundo o Panorama da Saúde Mental 2024, 40% das pessoas dizem que a quantidade de curtidas e comentários influencia sua autoestima.

Ferramenta ou prisão digital?

Ao longo dos anos, nos disseram que a tecnologia nos traria liberdade, conexão e acesso à informação. Em parte, isso é verdade. Mas o que acontece quando o uso deixa de ser intencional e passa a ser automático?

Muitos já não se reconhecem sem filtros, preferem trocar conversas por "curtidas", e se sentem invisíveis quando o celular está em silêncio. É aqui que entra o ponto central da campanha da Vivo: não é o aparelho que é tóxico, mas a forma como nos relacionamos com ele.

É tempo de mudar seu tempo com o celular

A frase de encerramento da propaganda da Vivo é direta e simbólica. Convida à reflexão, mas também à ação. Como podemos estabelecer uma relação mais saudável com nossos dispositivos?

Segundo Marina Daineze, diretora de Marca e Comunicação da Vivo, a ideia da campanha é provocar um diálogo mais humano e urgente sobre nossa dependência digital. E não se trata de um paradoxo vindo de uma operadora de telefonia. Pelo contrário: é uma estratégia coerente com um mundo em que não adianta ter consumidores hiperconectados, mas emocionalmente esgotados.

Para Mariana Sá, Co-CCO da Africa Creative, a agência responsável pela campanha, o papel das marcas vai além de vender: “elas devem fazer parte da solução, provocando reflexões e incentivando escolhas mais responsáveis”.

Você está em um relacionamento tóxico com seu celular?

Pode parecer exagero, mas muitos de nós já estamos vivenciando esse tipo de relação.

 Veja alguns sinais comuns:

• Você sente ansiedade quando está longe do celular.
  
  

• Fica triste ou irritado quando um post não recebe atenção.
  
  

• Acorda e dorme checando notificações.
  
  

• Sente que está sempre atrasado, mas passa horas nas redes sociais.
  
  

• Já deixou de aproveitar momentos presenciais para registrar tudo online.
  
  

Se você se identificou com dois ou mais desses pontos, talvez seja hora de repensar seus hábitos.

Reconectando com o que realmente importa

A mensagem da Vivo não é sobre abandonar a tecnologia. É sobre retomar o controle. O celular deve servir a você, e não o contrário.

Aqui vão algumas atitudes práticas que podem ajudar:

• Estabeleça horários para checar redes sociais.
  
  

• Use apps de monitoramento de tempo de uso.
  
  

• Crie momentos offline no seu dia, como refeições e antes de dormir.
  
  

• Faça pausas conscientes: olhe pela janela, leia um livro, ligue para alguém.
  
  

• Avalie o porquê do seu uso: é por necessidade ou por impulso?

É hora de transformar a relação com o celular

Não precisamos abrir mão da tecnologia, mas sim redefinir o papel que ela ocupa em nossas vidas. A campanha da Vivo escancara o que muitos de nós já sentíamos, mas ainda não conseguíamos nomear: estamos presos em um ciclo que pode ser tóxico.

Mas há saída. E ela começa com pequenas escolhas. Usar o celular de forma consciente é um passo para viver com mais presença, equilíbrio e bem-estar.

Seu tempo é valioso. E ele merece ser vivido de verdade.

Se você chegou até aqui, talvez esse seja o sinal que precisava para começar uma nova fase: mais conectada com você e menos dependente da tela. Que tal?